27 de janeiro de 2014

Minha Música...

 
Foto do Autor em Fortaleza

Eu não me prostro ou reverencio homem algum. E nunca o farei. No tabuleiro da vida sou meu próprio Rei e Senhor.

Sei perfeitamente diferenciar respeito de idolatria, admiro muito as boas idéias, porém tenho as minhas.

No meu dicionário particular, há duas palavras por mim abominadas: submissão e manipulação.

Quando perseguido ou injuriado, aplico minha própria escala de defesa: 1º eu silencio; 2º eu desprezo; 3º eu abençoo; 4º mas, se as primeiras três opções não forem suficientes, eu esmago.

Nas sagradas e amadas terras do meu coração e nos sítios de meus pensamentos só entram quem merece, desde que eu os convide: Meus exércitos de elite estão permanentemente guardando essas entradas e posso garantir, sinceramente, que todos aqueles que entraram de outro modo ou, uma vez convidados, demonstraram não serem dignos dessas terras, foram mortos ou expulsos.

Prezo o exercício do bem pelo valor do bem em si. Porém, não sou tolo ou cego: o mundo é dominado pelos maus e pelos preguiçosos. Por isso, diante de lobos, sou farol ou fuzil; diante dos bons, sou melhor ainda.

O fato de existirem mais de 1.200 religiões catalogadas nos anais da humanidade, 150.000 santos conhecidos e 17.700 deuses nomeados, levam-me a concluir que o homem comum vive em permanente ignorância e desespero, em busca de algo que o torne maior do que ele realmente é.

Da manutenção dos amores e alegrias estou escolado e nisso não dou nenhuma publicidade ou faço propaganda. Caso o fizesse, essa seria a forma mais rápida de arregimentar inimigos, psicopatas de plantão, fofoqueiros de profissão, invejosos e curiosos-de-rapina, colocando meus amores e alegrias em severo perigo.

Sou contrário à violência. Porém, há indivíduos que colocam nossa própria vida em risco e só entendem essa linguagem. Oro todos os dias para nunca ter um desses em meu caminho. Contudo, caso com eles me depare e não encontre rota segura de abrigo, não fujo da briga: também sei ser violento, sem dó ou piedade.

Aprendi que o mundo é uma selva-de-pedra, tem perigos em cada metro quadrado, a maior parte das pessoas gozam em lhe fazer algum mal e que, de cada dez pessoas, oito querem levar vantagem de alguma forma sobre nós ou nos explorar. O mal, a estupidez e a ignorância se reproduzem feito coelhos e são tão visíveis quanto a gigoga nociva que encobre a superfície das lagoas, enquanto o bem é rara jóia escondida, é invisível aos olhos dos despreparados e costuma vestir-se do discreto com cores de silêncio.

Tenho minha consciência em paz e, nisso, reside minha alegria e sucesso legítimos. Tudo que tenho, eu fui buscar. Nada me saiu de graça, a ninguém devo favores. Cheguei onde cheguei porque tenho alma e espírito de alpinista, embora nunca tenha feito da cabeças das pessoas as pedras da escalada. Por isso, sou meu próprio fã, herói e me parabenizo todos os dias. Afinal, a épica do viver é inclemente com os fracos, impiedosa com os tolos, implacável com os ingênuos, todavia, abundante e generosa com aqueles que aprenderam a não temer a si mesmos, com os grandes guerreiros desbravadores do mundo e que tomaram para si o direito inalienável de escreverem as suas próprias histórias.

João César

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