Fernando Pessoa, o “Poeta dos Heterônimos”, seguramente é um dos grandes nomes da poesia universal.
Como
todo grande homem, ele soube valorizar a infância que trazia dentro de
si. Ao ouvir as vozes e risos dos pequeninos, o poeta exergava a si
mesmo no enigma do seu passado e permitia-se sentir de novo a alegria da
infância.
Eis um belíssimo poema musicado de modo encantador!
“Quando as crianças brincam
E eu as oiço brincar,
Qualquer coisa em minha alma
Começa a se alegrar.
E eu as oiço brincar,
Qualquer coisa em minha alma
Começa a se alegrar.
E toda aquela infância
Que não tive me vem,
Numa onda de alegria
Que não foi de ninguém.
Que não tive me vem,
Numa onda de alegria
Que não foi de ninguém.
Se quem fui é enigma,
E quem serei visão,
Quem sou ao menos sinta
Isto no coração.
”
5-9-1933
Poesias. Fernando Pessoa.
Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995). – 166
E quem serei visão,
Quem sou ao menos sinta
Isto no coração.
”
5-9-1933
Poesias. Fernando Pessoa.
Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995). – 166
fonte: www.revistapazes.com/8697-2/
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