29 de junho de 2013




Uma lenda nos conta que vários judeus piedosos rezavam numa sinagoga, quando – durante a oração – começaram a escutar uma voz de criança dizendo: “A,B,C,D”. Tentaram se concentrar nos versos sagrados, mas a voz repetia: “A,B,C,D”. Aos poucos, foram parando de rezar. Quando olharam para trás, viram um menino que continuava dizendo: “A,B,C,D”. O rabino aproximou-se do garoto: “Por que você está fazendo isto?”, perguntou. “Porque não sei os versos sagrados”, respondeu o menino. “Então, tenho a esperança que, recitando o alfabeto, Deus pegue estas letras e forme as palavras corretas”. “Obrigado por esta lição”, disse o rabino para o garoto. “Obrigado por me lembrar que Deus escuta o que vem de nosso coração, e não as palavras que saem de nossa boca”.

27 de junho de 2013

À Procura




Andei pelos caminhos da vida. 
Caminhei pelas ruas do destino- 
procurando meu signo. 

Bati na porta da Fortuna, 
mandou dizer que não estava. 

Bati na porta da Fama, 
falou que não podia atender. 

Procurei a casa da Felicidade, 
a vizinha da frente me informou que 
ela tinha se mudado sem deixar novo endereço. 

Procurei a morada da Fortaleza 
Ela me fez entrar: 
deu-me veste nova, perfumou meus cabelos... 
fez-me beber de vinho

Acertei o meu caminho.

Cora Coralina

Mulher (Sexo Frágil) Erasmo Carlos


Dizem que a mulher é o sexo frágil

Mas que mentira absurda
Eu que faço parte da rotina de uma delas
Sei que a força está com elas
Vejam como é forte a que eu conheço
Sua sapiência não tem preço
Satisfaz meu ego se fingindo submissa
Mas no fundo me enfeitiça
Quando eu chego em casa à noitinha
Quero uma mulher só minha
Mas pra quem deu luz não tem mais jeito
Porque um filho quer seu peito
O outro já reclama a sua mão
E o outro quer o amor que ela tiver
Quatro homens dependentes e carentes
Da força da mulher
Mulher, mulher
Do barro de que você foi gerada
Me veio inspiração
Pra decantar você nessa canção
Mulher, mulher
Na escola em que você foi ensinada
Jamais tirei um dez
Sou forte mas não chego aos seus pés


26 de junho de 2013

Clamor das massas




Quando as injustiças sociais atingem o clímax e a indiferença dos governantes pelo povo que estorcega nas amarras das necessidades diárias, sob o açodar dos conflitos íntimos e do sofrimento que se generaliza, nas culturas democráticas, as massas correm às ruas e às praças das cidades para apresentar o seu clamor, para exigir respeito, para que sejam cumpridas as promessas eleitoreiras que lhe foram feitas...

Já não é mais possível amordaçar as pessoas, oprimindo-as e ameaçando-as com os instrumentos da agressividade policial e da indiferença pelas suas dores.

O ser humano da atualidade encontra-se inquieto em toda parte, recorrendo ao direito de ser respeitado e de ter ensejo de viver com o mínimo de dignidade.

Não há mais lugar na cultura moderna, para o absurdo de governos arbitrários, nem da aplicação dos recursos que são arrancados do povo para extravagâncias disfarçadas de necessárias, enquanto a educação, a saúde, o trabalho são escassos ou colocados em plano inferior.

A utilização de estatísticas falsas, adaptadas aos interesses dos administradores, não consegue aplacar a fome, iluminar a ignorância, auxiliar na libertação das doenças, ampliar o leque de trabalho digno em vez do assistencialismo que mascara os sofrimentos e abre espaço para o clamor que hoje explode no País e em diversas cidades do mundo.
 
É lamentável, porém, que pessoas inescrupulosas, arruaceiras, que vivem a soldo da anarquia e do desrespeito, aproveitem-se desses nobres movimentos e os transformem em festival de destruição.
 
Que, para esses inconsequentes, sejam aplicadas as corrigendas previstas pelas leis, mas que se preservem os direitos do cidadão para reclamar justiça e apoio nas suas reivindicações.
 
O povo, quando clama em sofrimento, não silencia sua voz, senão quando atendidas as suas justas reivindicações. Nesse sentido, cabe aos jovens, os cidadãos do futuro, a iniciativa de invectivar contra as infames condutas... porém, em ordem e em paz.
 
 Divaldo Pereira Franco – Jornal A Tarde, de
Salvador/Bahia, em 20.6.2013.
Em 25.6.2013.
 

22 de junho de 2013

16 de junho de 2013

Que diferença têm?


Que diferença têm o meu cabelo do seu?
Que diferença tem o seu tom de pele do meu?
Na verdade tudo é diferente - e é normal-,
Nunca um ser humano vai achar outro igual.

Diferenças são riquezas e valem mais.
Não há porque querer que só existam os iguais.
A ciência já mostrou que está na diversidade
A chave da sobrevivência da humanidade.

Que bom que você é diferente de mim!
Em nenhum lugar vou encontrar outro assim.
E é muito legal saber que somos, no final,
Semelhantes e diferentes, como o açúcar e sal.
(...)

André de Souza


Ser diferente é uma delícia...



TODOS DIFERENTES, TODOIGUAIS

Nem todos somos da mesma opinião,
Nem todos somos donos da mesma razão,
Nem todos acreditamos na mesma religião,
Nem todos somos fonte da mesma paixão.
Por isso somos diferentes em sensibilidade,
Somos diferentes na forma de ver a equidade,
Somos diferentes na forma de viver a liberdade
Mas, na verdade...
Na verdade somos todos iguais,
Podemos ter opiniões diferentes,
Podemos experienciar opções incoerentes
Mas, temos o direito a escolher quais
Os caminhos que devemos no mundo percorrer,
Somos todos diferentes mas todos iguais como ser...

Poderão uns acreditar que a sua canção
Tem mais qualidade, na cor, na transparência,
Poderão outros acreditar que é tão grande a sua existência
Que se esquecerão quão pequenos são
Neste universo imenso de diferentes melodias
Mas, não se iludam, no mundo não há magias
Não daquelas que descriminam e colocam de parte,
Não daquelas que rotulam e arrumam à parte,
Porque hoje poderás ser tu, amanhã serei eu,
Por isso, ponho-me a pensar... o que lhes deu?

Somos todos diferentes de sensibilidades,
Somos diferentes na forma como vivemos e criamos,
Somos diferentes na verdade com que amamos
Mas, existem também outras realidades...
Porque todos somos iguais na forma como amamos a arte,
Somos iguais porque gostamos de criar,
Somos iguais porque dançamos na fantasia de amar,
Se apesar de diferentes, somos todos iguais,
Porque há quem considere ser fácil separar e pôr de parte?
Nem todos somos da mesma opinião,
Nem todos somos donos da mesma razão,
Nem todos acreditamos na mesma religião,
Nem todos somos fonte da mesma paixão.
Por isso somos diferentes em sensibilidade,
Somos diferentes na forma de ver a equidade,
Somos diferentes na forma de viver a liberdade
Mas, na verdade...
Na verdade somos todos iguais,
Podemos ter opiniões diferentes,
Podemos experienciar opções incoerentes
Mas, temos o direito a escolher quais
Os caminhos que devemos no mundo percorrer,
Somos todos diferentes mas todos iguais como ser...
Poderão uns acreditar que a sua canção
Tem mais qualidade, na cor, na transparência,
Poderão outros acreditar que é tão grande a sua existência
Que se esquecerão quão pequenos são
Neste universo imenso de diferentes melodias
Mas, não se iludam, no mundo não há magias
Não daquelas que descriminam e colocam de parte,
Não daquelas que rotulam e arrumam à parte,
Porque hoje poderás ser tu, amanhã serei eu,
Por isso, ponho-me a pensar... o que lhes deu?
Somos todos diferentes de sensibilidades,
Somos diferentes na forma como vivemos e criamos,
Somos diferentes na verdade com que amamos
Mas, existem também outras realidades...
Porque todos somos iguais na forma como amamos a arte,
Somos iguais porque gostamos de criar,
Somos iguais porque dançamos na fantasia de amar,
Se apesar de diferentes, somos todos iguais,
Porque há quem considere ser fácil separar e pôr de parte?

Desconheço a fantástica autoria.



12 de junho de 2013

Como evitar ataques e vazamentos de informações por redes sociais



É fato: a maioria das pessoas que têm perfil em uma rede social sofre de “síndrome de celebridade”. Não amigo, você não é uma celebridade, e quantidade não é sinônimo de qualidade. A verdade é que, para as grandes corporações do ramo, o que importa é a quantidade. Você não é um usuário que utiliza os seus serviços, você é o produto destas empresas e está em uma prateleira. E se você é um produto, existe um grande mercado para as suas informações. 
 
O maior propósito das redes sociais (enquanto empresas) é utilizar os seus dados para obter lucro: operadoras de crédito e bancos querem entender o seu comportamento, governos querem os seus dados para manter sua rastreabilidade... Essas instituições querem entender quem você é, o que você faz, onde está e com quem se relaciona, para oferecer a melhor oferta de serviços e produtos, e você comprar.
 
A sociedade em geral não tem a preocupação com relação a sua privacidade, e isto é um fenômeno social e estimulado economicamente. É difícil racionalizar desta forma? Então imagine: se você pudesse ter em mãos, todos os dias, informações pessoais constantemente atualizadas de uma população, de um estado, de um país ou de um continente, você poderia lucrar com isto? Sim! Informação é poder, e poder gerar lucro. Mas se as empresas ganham dinheiro com seus dados, o crime organizado também quer sua parte, e é neste ponto que eu quero chegar, para alertas os usuários corporativos.
 
Fatores como a velocidade de propagação de informações pessoais e o fácil acesso à elas ajudam o crime organizado a realizar fraudes através de roubo de identidade e coleta de informações, para realizarem assaltos e sequestros, propagar códigos maliciosos para obter acesso indevido a computadores, realizar ataques e envio de spams, que por si só, é um mercado, que também utiliza as redes sociais e seus produtos para alcançarem seus objetivos de negócio.  
É importante lembrar que a maioria destes serviços não são hospedados no Brasil e não são regulados pela jurisdição brasileira. Ou seja, as nossas leis não se aplicam a estes serviços em sua totalidade e é extremamente difícil rastrear golpes e ataques direcionados realizados através das redes sociais. Um processo de investigação deste tipo pode levar anos para chegar a uma conclusão – a não ser que você seja do governo dos USA.
 
Em uma inocente postagem em uma rede social, acidentalmente pode-se fornecer informações sobre o nosso trabalho, disponibilizando dados importantes aos criminosos ou concorrentes da empresa que você trabalha. A grande realidade é que a síndrome de celebridade nos torna cada vez mais suscetível a não distinguir corretamente assuntos pessoais de assuntos profissionais e acabamos por expor estas informações valiosas publicamente. Outro dia uma executiva postou em seu Twitter que ficaria até mais tarde no escritório por conta de uma licitação. Apenas desconsiderou o fato que um de seus seguidores era da concorrência. O resultado você pode imaginar qual foi.
 
A regra mais simples de todas é lembrar que você pode controlar os seus dados, mas não as pessoas que têm acesso as suas informações. Poucas pessoas utilizam todas as funcionalidades de privacidade que as empresas deste ramo oferecem para manter um perfil restrito, e mesmo assim, usar estes recursos não fornece a garantia de que seus dados não foram indexados pelo Google (ou outra ferramenta de busca), ou foram divulgados por amigos sem a sua autorização. Quer fazer um teste? Digite o seu nome completo no Google e analise o que irá aparecer. 
 
Outra coisa que as pessoas têm que entender é sobre causa e efeito. Se você recebe spams, foi porque você mesmo que forneceu de algum modo o seu correio eletrônico ao Spanner. Ele não adivinhou o seu e-mail, ele simplesmente obteve (Data Mining) o que você forneceu e armazenou na rede pública – leia-se Internet. 
 
É extremamente comum as pessoas divulgarem o correio eletrônico empresarial em redes sociais. Mas, se o correio eletrônico da sua empresa não é seu, ele pertence à empresa e não deveria ser divulgado nestes meios de comunicação sem autorização da mesma.  E depois que ler isto, não vá reclamar com o pessoal de TI da sua empresa que está recebendo Spams. A culpa não é deles, é sua!
 
Um grande exemplo disto foi o senso realizado em 2012 no Facebook. A pesquisa revelou que 83 Milhões de perfis eram falsos (quase 10% - hoje o Facebook possui 900 milhões de usuários), e a maioria era utilizada para engenharia social no intuito de obter informações restritas. E o que foi mais alarmante é que 1% destes 83 milhões eram perfis utilizados por softwares maliciosos.
 
Então, caro amigo, tenha em mente que mesmo que existam diferentes tipos de políticas de privacidade, as redes sociais são locais públicos, e como tal, são associadas a riscos.  Sempre se questione antes de postar algo – eu colocaria estas informações em um poste na minha rua? Se a resposta for “não”, não publique. Sempre pense em situações da vida real, e se realmente quer divulgar uma informação pessoal em uma rede social, analise as consequências que isto pode acarretar.
 
Por Wander Menezes, gerente de Serviços da Arcon - serviços gerenciados de segurança.

fonte: Adnews

Sua imagem na internet não é responsabilidade do estagiário.


Em uma década a internet  revolucionou a maneira como temos acesso à informação e como podemos desfrutá-la. Em especial, as mídias sociais nos bombardeiam diariamente com milhares de notícias, imagens, vídeos, sons: por hora, são publicados 200 milhões de tuítes; a cada minuto, são disponibilizadas 48 horas de vídeo no YouTube e, cada segundo, um novo blog é criado.
O público brasileiro é sem dúvida, apaixonado pelo mundo das redes sociais. Segundo pesquisa publicada na revista Galileu, mais de 90% dos usuários está nas redes sociais, sendo o Facebook o mais acessado, com 94% da preferência, seguido do Orkut com 75% e do Twitter com 73%.
Hoje, as empresas já entenderam esse novo cenário e estão tentando – de qualquer maneira – se fazerem presentes nessas mídias e estabelecer, assim, um contato mais direto com o cliente. Mas, ao colocar uma marca na internet, independente da rede social escolhida, é preciso preparo, pesquisa e estratégia. Fatores muitas vezes deixados de lado.
Na ânsia de criarem seus perfis ou páginas, muitas empresas optam pelo rápido e barato e confiam sua imagem online na mão de estagiários ou outros profissionais que ainda estão em formação e não reúnem a experiência necessária para o relacionamento com o cliente ou a manutenção adequada da marca. O resultado são coletâneas de posts errados, mal escritos, falta de informações, contatos não respondidos ou respondidos de forma inadequada.
Não se pode esquecer que no ambiente virtual a comunicação deixa de ser boca a boca e passa a ser da boca para o mundo. Um erro pode se espalhar rapidamente, antes mesmo que seja identificado e corrigido. É a imagem e a reputação da sua empresa que estão em jogo e, por isso, esse importante canal de comunicação não pode ser tratado com menor importância. Sem apoio, estrutura adequada e orientação, os resultados podem ser desastrosos, desde erros gramaticais ou de imagem, até mesmo, em casos mais graves, ofensa aos clientes.
Ao entrar nas mídias sociais, a empresa está abrindo um novo canal de comunicação, que assim como os outros, precisa de conteúdos de relevância para um determinado público alvo; que apresente a empresa, seus produtos, serviços, missão, entre outros, e que tenha uma linha de comunicação condizente sua imagem, criando empatia ao público. A interatividade é a palavra-chave desta ferramenta e por isso deve-se ter extremo cuidado ao falar na internet.
Por ser uma área recente e em constante mudança, não existem fórmulas de sucesso totalmente confiáveis e até mesmo as maiores empresas costumam falhar na comunicação com seu público. Mas uma coisa é certa: a pressa é mesmo inimiga da perfeição. É imprescindível estar presente nas redes sociais? Sim! Mas se não houver uma estrutura adequada para manter essa presença, é melhor esperar até que a estratégia de atuação em mídias sociais seja uma das prioridades no planejamento de comunicação de sua empresa.
Por Camila Galvão, social media da Redsuns.

fonte e imagem: Adnews

10 de junho de 2013

Não deixe o Amor passar




Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, preste atenção: pode ser a pessoa mais importante da sua vida.
Se os olhares se cruzarem e, neste momento,houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu.
Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante, e os olhos se encherem d’água neste momento, perceba: existe algo mágico entre vocês.
Se o primeiro e o último pensamento do seu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça: Deus te mandou um presente: O Amor.

Por isso, preste atenção nos sinais - não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem cego para a melhor coisa da vida: O AMOR.

Carlos Drummond de Andrade

Maneira de Amar




O jardineiro conversava com as flores e elas se habituaram ao diálogo. Passava manhãs contando coisas a uma cravina ou escutando o que lhe confiava um gerânio. O girassol não ia muito com sua cara, ou porque não fosse homem bonito, ou porque os girassóis são orgulhosos de natureza.
Em vão o jardineiro tentava captar-lhe as graças, pois o girassol chegava a voltar-se contra a luz para não ver o rosto que lhe sorria. Era uma situação bastante embaraçosa, que as outras flores não comentavam. Nunca, entretanto, o jardineiro deixou de regar o pé de girassol e de renovar-lhe a terra, na devida ocasião.
O dono do jardim achou que seu empregado perdia muito tempo parado diante dos canteiros, aparentemente não fazendo coisa alguma. E mando-o embora,depois de assinar a carteira de trabalho.
Depois que o jardineiro saiu, as flores ficaram tristes e censuravam-se porque não tinham induzido o girassol a mudar de atitude. A mais triste de todas era o girassol, que não se conformava com a ausência do homem. "VOCÊ O TRATAVA MAL, AGORA ESTÁ ARREPENDIDO?" "NÃO, respondeu, ESTOU TRISTE PORQUE AGORA NÃO POSSO TRATÁ-LO MAL. É A MINHA MANEIRA DE AMAR. ELE SABIA DISSO, E GOSTAVA".

Carlos Drummond de Andrade

Quem não tem namorado


Quem não tem namorado é alguém que tirou férias remuneradas de si mesmo. Namorado é a mais difícil das conquistas. Difícil porque namoro de verdade é muito raro. Necessita  de adivinhação, de pele, de saliva, lágrima, nuvem, quindim, brisa ou filosofia



Paquera, gabiru, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão é fácil. Mas, namorado, mesmo, é muito difícil. Namorado não precisa ser o mais bonito, mas aquele a quem se quer proteger e quando se chega ao lado dele a gente treme, sua frio e quase desmaia pedindo proteção. A proteção dele não precisa ser parruda, decidida ou bandoleira: basta um olhar de compreensão ou mesmo de aflição. Quem não tem namorado, não é que não tem um amor: é quem não sabe o gosto de namorar. Se você tem pretendentes, dois paqueras, um envolvimento e dois amantes, mesmo assim pode não ter um namorado.



Não tem namorado quem não sabe o gosto da chuva, cinema, sessão das duas, medo do pai, sanduíche de padaria ou drible no trabalho. Não tem namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar sorvete ou lagartixa é quem ama sem alegria. Não tem namorado quem faz pacto de amor apenas com a infelicidade. Namorar é fazer pactos com a felicidade ainda que rápida, escondida, fugida ou impossível de durar.



Não tem namorado quem não sabe o valor de mãos dadas: de carinho escondido na hora em que passa o filme: de flor catada no muro e entregue de repente, de poesia de Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes ou Chico Buarque lida bem devagar, de gargalhada quando fala junto ou descobre a meia rasgada; de ânsia enorme de viajar junto para a Escócia ou mesmo de metrô, bonde, nuvem, cavalo alado, tapete mágico ou foguete interplanetário.



Não tem namorado quem não gosta de dormir agarrado, fazer cesta abraçado, fazer compra junto. Não tem namorado quem não gosta de falar do próprio amor, nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro dentro dos olhos dele, abobalhados de alegria pela lucidez do amor. Não tem namorado quem não redescobre a criança própria e a do amado e sai com ela para parques, fliperamas, beira d'agua, show do Milton Nascimento, bosques enluarados, ruas de sonhos e musical da Metro.



Não tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem não dedica livros, quem não recorta artigos, quem não chateia com o fato de o seu bem ser paquerado. Não tem namorado quem ama sem gostar; quem gosta sem curtir; quem curte sem aprofundar. Não tem namorado quem nunca sentiu o gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na madrugada ou meio-dia de sol em plena praia cheia de rivais. Não tem namorado quem ama sem se dedicar; quem namora sem brincar; quem vive cheio de obrigações; quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele. Não tem namorado quem confunde solidão com ficar sozinho e em paz. Não tem namorado quem não fala sozinho, não ri de si mesmo, e quem tem medo de ser afetivo. Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre e você vive pesando duzentos quilos de grilos e de medo, ponha a saia mais leve, aquela de chita, e passeie de mãos dadas com o ar. Enfeite-se com margaridas e ternuras, e escove a alma com leves fricções de esperança. De alma escovada, e coração estouvado, saia do quintal de si mesmo e descubra o próprio jardim. Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo da janela.



Ponha intenções de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fada. Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteira: Se você não tem namorado é porque ainda não enlouqueceu aquele pouquinho necessário a fazer a vida parar e de repente parecer que faz sentido. Enlou-cresça.



Carlos Drummond de Andrade

9 de junho de 2013

Como se defender da rádio peão?

A rádio peão já fez muitos dirigentes organizacionais perderem noites de sono, bem como talentos e até mesmo bons negócios. Isso porque essa "modalidade informal de comunicação" possui uma velocidade muito grande de disseminação entre os colaboradores e, geralmente, quando ganha força prejudica o clima organizacional e, consequentemente, os talentos que precisam estar centrados em suas atividades. Mas, o que fazer para se defender ou fragilizar a rádio peão? Abaixo, listo algumas sugestões para serem aplicadas por qualquer empresa, independente do porte e do segmento de atuação.

1 - A Era da Informação trouxe benefícios significativos à humanidade, inclusive no tocante aos novos canais de comunicação. Contudo, a empresa que deseja estabelecer um canal de confiança com os seus talentos internos, não pode deixar de lado o valor da comunicação face a face. É fundamental lembrar que ao estabelecermos um diálogo direto com alguém, somos capazes de perceber emoções que estabelecem ou comprometem a relação empresa-funcionário como, por exemplo, alegria, tristeza, insatisfação, entre outros. Aquele "olho no olho" nunca perderá seu valor nas relações humanas.
2 - O estímulo à ética entre os colaboradores é um fator que fragiliza a rádio peão. Por quê? Suponhamos que a organização trabalhe constantemente junto aos colaboradores, o quanto uma "fofoca" pode ser considerada um ato antiético. Afinal, um infundado "zunzunzum" inicialmente pode parecer um comentário "engraçado", mas ao alcançar os ouvidos de várias pessoas, quem sabe, torne-se um motivo de demissão de um colega ou até mesmo em determinados casos, ser considerado assédio moral.
3 - Adequação dos canais de comunicação ao público. É de grande relevância que as empresas invistam nos canais internos, mas é preciso saber se os recursos adotados são, de fato, utilizados e compreendidos pelo público-alvo. Antes de se estabelecer qualquer comunicação é preciso fazer-se ser compreendido, porque não adiante divulgar informações se essas não serão úteis ou tampouco entendidas pelos receptores.
4 - A prática do feedback mais uma vez presente no âmbito organizacional. Como em qualquer processo de gestão, se a política de comunicação interna deseja ser eficaz, precisa oferecer feedbacks constantes aos colaboradores. Isso diminuirá os ruídos da radio peão, uma vez que os profissionais sempre sabem o que a empresa espera deles e as novidades relativas aos fatos que envolvem diretamente a companhia. Lembremos que o feedback, normalmente, é dado pela liderança. Por esse motivo, é fundamental preparar os líderes para que eles compreendam que são representantes diretos da empresa e como tal, precisam ter feeling para identificar quando sua equipe está sendo atingida por "rumores" disseminados pela rádio peão. Uma vez que isso é percebido pela liderança, é o momento de conversar com os liderados.


5 - Certa vez, um líder alemão comentou que "Uma mentira dita cem vezes, torna-se verdade um dia". Por isso, quando os boatos surgirem no campo corporativo, a rapidez em desfazê-los é crucial para neutralizá-los junto aos talentos humanos e com isso evitar que problemas indesejáveis surjam.
6 - Boatos são boatos e cada vez que passam de um "ouvido para outro", geralmente, ganham um "aumentativo". Quem já teve a oportunidade de brincar de "telefone sem fio" entende o que digo. Quando uma fofoca começa a ser disseminada nos corredores de uma empresa, ela se inicia do tamanho de um peixinho e em pouco tempo pode ganhar a formatação de um polvo gigante, cheio de tentáculos e pronto para agarrar o próximo "ouvinte". Por isso, não desmereça a "importância" de um boato, acreditando que logo ele perderá a força e será esquecido.


7 - Há situações em que a alta direção precisa manifestar-se. São aqueles momentos que envolvem boatos mais complicados como, por exemplo, desligamento em massa ou processos de mudança. Dizem que "cada cabeça é um mundo", imagine a interpretação que os colaboradores podem dar a uma informação de que as ações da empresa, em que ele atua, foram compradas pela concorrência. Há situações em que a dirigentes precisam posicionar-se rapidamente, antes que se ocorra uma instabilidade do clima organizacional.

8 - Abertura de canais diretos com o colaborador, para que esses possam apresentar suas opiniões diante dos processos de gestão. Sabemos que a comunicação caracteriza-se por ser um processo de "mão dupla", ou seja, a empresa precisa falar e ouvir os seus talentos. Diante disso, criar canais em que os funcionários possam tirar dúvidas, apresentar questionamentos que estão preocupando as equipes ou mesmo oferecer sugestões para a organização cria um estabelece um relacionamento de confiança, que dificilmente será abalado por algum boato divulgado pela rádio peão ou rádio corredores.



9 - Identificar de onde os boatos partem é uma força de fragilizar a rádio peão. Não falo aqui em encontrar culpados e começar uma caça às bruxas, pelo contrário. Encontrar como os boatos ou os ruídos surgiram permitirá que a organização reavalie seu sistema de comunicação interna e trabalhe os pontos considerados fracos.



10 - Informar sempre. Não se deve esperar que as especulações se formem, mas sim antecipar as informações que os colaboradores precisam receber para terem segurança de que atuam em um ambiente organizacional sério e que atenda às suas expectativas. Comunicação não deve ser lembrada apenas quanto a "panela esquenta", mas ser um processo contínuo.

Rh.com.br

Caminhos intransferíveis...



''Compreendo tudo o que você diz. São coisas que me digo também. Mas há uma diferença entre você saber intelectualmente da inutilidade das procuras, da insaciabilidade - vixe, que palavra! - do corpo e conseguir passar isso para o seu comportamento - tomar ato o que é comportamento abstrato. Os caminhos são individuais, intransferíveis.''
Caio F. Abreu


                                              

                                              A cada dia que vivo, mais me convenço
de que o desperdício da vida está
no amor que não damos, nas forças
que não usamos, na prudência egoísta
que nada arrisca e que, esquivando-nos
do sofrimento, perdemos também a felicidade.

Carlos Drummond de Andrade

Perseverança

"Que você nunca desista dos outros! Que lhes dê todas as chances necessárias. Que possa ajudá-los a corrigir as rotas de suas vidas, mas, se eles tiverem dificuldades para caminhar, não os condene, carregue-os em seus ombros por algum momento. Se eles não quiserem ser ajudados, aprenda a controlar sua ansiedade e poupar energia; respeite-os e espere até que eles peçam ajuda."

Augusto Cury

Do livro: Treinando a emoção para ser feliz 

Lindos dias à todos, cheios de fé, amor, carinho e perseverança!



7 de junho de 2013

Casa Espiritual

"Vós, também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual." - Pedro. (I PEDRO, 2:5.)


Cada homem é uma casa espiritual que deve estar, por deliberação e esforço do morador, em contínua modificação para melhor.
Valendo-nos do símbolo, recordamos que existem casas ao abandono, caminhando para a ruína, e outras que se revelam sufocadas pela hera entrelaçada ou transformadas em redutos de seres traiçoeiros e venenosos da sombra; aparecem, de quando em quando, edificações relaxadas, cujos inquilinos jamais se animam a remover o lixo desprezível e observam-se as moradias fantasiosas, que ostentam fachada soberba com indisfarçável desorganização interior, tanto quanto as que se encontram penhoradas por hipotecas de grande vulto, sendo justo acrescentar que são raras as residências completamente livres, em constante renovação para melhor.
O aprendiz do Evangelho precisa, pois, refletir nas palavras de Simão Pedro, porque a lição de Jesus não deve ser tomada apenas como carícia embaladora e, sim, por material de construção e reconstrução da reforma integral da casa íntima.
Muita vez, é imprescindível que os alicerces de nosso santuário interior sejam abalados e renovados.
Cristo não é somente uma figuração filosófica ou religiosa nos altiplanos do pensamento universal.
É também o restaurador da casa espiritual dos homens.
O cristão sem reforma interna dispõe apenas das plantas do serviço.
O discípulo sincero, porém, é o trabalhador devotado que atinge a luz do Senhor, não em benefício de Jesus, mas, sobretudo, em favor de si mesmo.

(Do livro "Vinha de Luz", Emmanuel, Francisco C. Xavier)

10 frases budistas que podem mudar sua visão da vida

O Budismo é uma das religiões mais antigas ainda praticadas no mundo e uma das que tem mais seguidores, cerca de 200 milhões...